terça-feira, 14 de dezembro de 2010

ATENÇÃO

Peço a atenção de todos os visitantes do blog.

Por motivos particulares, não haverão atualizações no blog no mes de dezembro e na primeira quinzena de janeiro.
Voltaremos após o dia 15/01/2011.
grato pela compreensão
Dr. Roberto Augusto Albanese de Castro

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

COMENTÁRIOS

Peço a atenção de todos com relação aos comentários:
FAÇAM SEU COMENTÁRIOS NOS TÓPICOS QUE DESEJAREM, MAS QUANDO REALIZAREM PERGUNTAS, FAÇAM-NAS NO ÚLTIMO POST PUBLICADO PARA QUE POSSAM SE RESPONDIDAS MAIS RAPIDAMENTE.
GRATO

Novo email

estou adicionando um novo email ao blog, um MSN para ser mais exato, anote:

drvetsd@hotmail.com

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

CARRAPATOS (Febre Maculosa, Babesia, Doença de Lyme e Erlichiose)

Carrapatos são parasitas capazes de infestar as mais diferentes espécies de animais: répteis, anfíbios e mamíferos; inclusive os cães, gatos e seres humanos. São de grande importância médico-veterinária, pois além de causar desconforto como irritação e coceira, podem transmitir várias doenças.

Com o passar dos anos, o desenvolvimento de novos meios de diagnóstico permitiram identificar inúmeras doenças transmitidas pelos carrapatos não apenas aos animais domésticos e selvagens, mas também aos seres humanos. Desde então, a importância da adoção de medidas preventivas (profiláticas) contra a infestação por carrapatos tem aumentado em todo o mundo.

Ciclo do Carrapato

O carrapato não precisa permanecer sobre o hospedeiro durante toda sua vida, indo frequentemente ao solo para sofrer mudanças de faseou fazera postura dos ovos. As fêmeas, depois de fecundadas e ingurgitadas (cheias de sangue) desprendem-se do hospedeiro e caem no solo para colocar seus ovos.

Após a eclosão dos ovos no meio ambiente surgem as larvas do carrapato, as quais sobem pelas gramíneas e arbustos na busca de um novo hospedeiro. Este ciclo de desenvolvimento pode variar de acordo com cada espécie de carrapato, mas em geral leva de 15 a 21 dias, havendo a passagem do carrapato pelas fases de larva, ninfa e adulto.

Quando se trata de controle de carrapatos, a diminuição da infestação do ambiente é primordial. Deste modo, a utilização de produtos específicos no ambiente (acaricidas), ou ainda, a realização da poda da vegetação e retirada de lixo é fundamental para eliminar os focos do parasita nos quintais e áreas livres por onde os animais circulam.

Doenças

A perda de sangue é uma questão importante quando se trata das infestações por carrapatos. As fêmeasde algumas especies consomem mais de 8 mL de sangue. Em alguns casos, as infestações por carrapatos atingem tal magnitude que os animais morrem por causa da perda de sangue ou por tornarem-sesusceptíveis a outras doenças devido ao estado debilitado.

Os carraptos podem transmitir várias doenças tanto aos animais quanto aos seres humanos, podendo causar doenças graves e muitas vezes fatais. Dentre as mais comuns pode-se citar: babesiose canina, erliquiose, doença de lyme e a febre maculosa.


A Erliquiose Canina é uma doença transmitida por carrapatos aos cães, mas existem relatos de gatos e seres humanos infectados por diferentes espécies de Ehrlichia sp (uma bactéria que vive obrigatoriamente dentro das células causando um tipo de infecção crônica).

:: Qual é o vetor da doença?


O principal vetor da enfermidade é o carrapato marrom do cão (Rhipicephalus sanguineus). No entanto, a infecção também poderá ocorrer no momento de transfusões sangüíneas, através de agulhas ou instrumentais contaminados. O mesmo carrapato pode transmitir a babesiose, que em algumas situações pode ocorrer juntamente com a Erliquiose.

:: Sintomas

Os sinais clínicos são variáveis, destacando-se o aumento do volume de gânglios (linfonodos), aumento do fígado e aumento do baço, bem como alterações no sangue. Portanto, desta forma, os animais se encontrarão em um quadro de febre intensa, dificuldades respiratórias, alterações neurológicas, petéquias e equimoses. Lembrando-se que na fase crônica, poderá apresentar perda de peso progressiva, palidez em mucosas e sangramentos espontâneos.

Dentre os principais sintomas dos animais doentes estão:

* Prostração * Sangramentos (nasal, na pele etc)

* Falta de apetite * Desenvolvimento de anemia grave.



:: Diagnóstico e Tratamento

O médico veterinário pode fazer o diagnóstico por meio de exames laboratoriais e o tratamento é realizado com medicamentos específicos.

Do mesmo modo que a babesiose canina, atualmente não existem vacinas disponíveis no mercado para prevenção da doença que, devido a sua gravidade, deve ser prevenida por meio de um controle restrito da infestação por carrapatos.

O objetivo do tratamento é curar os animais doentes e prevenir a manutenção e a transmissão da doença pelos portadores assintomáticos (fase sub-clínica e crônica). O antibiótico conhecido como "DOXICICLINA" é considerado o principal medicamento no tratamento da Erliquiose em todas as suas fases.


:: Qual a duração do tratamento?


Os critérios para o tratamento variam de acordo com a precocidade do diagnóstico, da severidade dos sintomas clínicos e da fase da doença que o paciente se encontra quando do início do tratamento. O tratamento na fase aguda pode durar até 21 dias e na fase crônica até 8 semanas.

:: Qual o prognóstico da doença?


O prognóstico depende da fase em que a doença for diagnosticada e do início da terapia. Quanto mais cedo se diagnostica e se inicia o tratamento, melhores são as chances de cura. Em cães nas fases iniciais da doença, observa-se melhora do quadro clínico após 24 a 48 horas do início do tratamento.

:: Como prevenir a doença?


A prevenção da doença é muito importante nos canis e no locais de grande concentração de animais. Devido a inexistência de vacina contra esta enfermidade, a prevenção é realizada através do tratamento dos animais doentes e do controle do vetor da doença: o carrapato. Para tanto, produtos carrapaticidas ambientais e de uso tópico são bastante eficazes.

:: Esta doença pode ser transmitida para o homem?


Sim. Apesar de até hoje não existirem evidências de que a E. canis possa ser transmitida para o homem, existem outras espécies de Ehrlichia que podem ser transmitidas, pelo carrapato, para os cães e para o homem. Os casos de Erliquiose humana vêm aumentando muito em países como os Estados Unidos. No Brasil, esta doença ainda é pouco diagnosticada em humanos.


A Febre Maculosa é uma doença febril aguda, de gravidade variável, causada por uma bactéria transmitida por carrapatos. É uma doença que ataca homens e animais (entre eles, o cão) e pode levá-los à morte. Essa doença provém de uma bactéria chamada Ricketsia rickettsii. Quem "transporta" essa bactéria é o carrapato - o vetor, mais especificamente o da espécie Amblyoma cajennense, também conhecido como "carrapato-estrela", "carrapato-de-cavalo" ou "rodoleiro".
As fêmeas de carrapatos podem pôr de cinco mil a oito mil ovos antes de morrerem e, os carrapatos infectados pelas bactérias irão transmitir a doença.

Diversos outros animais ajudam a manter o ciclo da doença. Isso se aplica aos animais de companhia como cães e gatos, aves domésticas (galinhas e perus) e outros mamíferos como cavalo, boi, carneiro, cabra, porco, capivara etc.

Como ocorre a transmissão da doença

A febre maculosa é transmitida pelo carrapato infectado. A partir de quatro a seis horas após a sua fixação, a doença já pode ser transmitida. Ao contrário do que muitos pensam, os "carrapatinhos" ou "micuins" são as larvas do mesmo carrapato-estrela, e não necessariamente de outra espécie de carrapato. Da mesma forma, os "vermelhinhos" são as ninfas (formas intermediárias do ciclo de um mesmo carrapato). O homem é intensamente atacado nas fases de larvas e ninfas que podem transmitir a febre maculosa.

Após a picada pelo carrapato infectado, existe um período de incubação da doença, o qual pode durar de 2 a 14 dias. Há inúmeros relatos de mortes em várias cidades do estado de São Paulo e outras regiões do Brasil.

Principais sinais e sintomas da Febre Maculosa no homem

A doença começa subitamente com a presença de:

.:. Febre alta,

.:. Dores de cabeça,

.:. Dores musculares,

.:. Geralmente, no quarto dia surgem manchas róseas nas extremidades, em torno do punho, tornozelo, tronco, face, pescoço, palmas das mãos e solas dos pés.

Alguns casos podem ser extremamente graves, ocorrendo necrose (morte) de tecidos. Nota-se inchaço das pálpebras e rosto, bem como das pernas, que apresentam aparência brilhante. Tosse e queda de pressão são frequentes.

Um dos problemas mais graves no diagnóstico da Febre Maculosa está na semelhança dos seus sintomas iniciais (febre, dor de cabeça etc) com o de outras doenças mais comuns, como a gripe. Isso faz que as pessoas muitas vezes não procurem o tratamento adequado no início do processo e a doença evolua para um quadro mais grave. Cerca de 80% dos indivíduos com forma grave, se não diagnosticados e tratados a tempo, evoluem para óbito.

O tratamento se faz com antibióticos, além de outros cuidados por causa de possíveis complicações, principalmente renais, neurológicas e pulmonares.

Como minimizar o risco de transmissão da Febre Maculosa

Cães e gatos são animais extremamente propícios à infestação por carrapatos, mantendo esses parasitas no ambiente doméstico. É impossível exterminar definitivamente os carrapatos, visto que eles podem ser trazidos por roedores e aves, além de possuirem um ciclo muito longo. O carrapato é um parasita extremamente resistente ao ambiente. Um único carrapato pode sobreviver por até dois anos, desenvolvendo seu ciclo.

Esteja sempre atento quando visitar locais propícios à existência de carrapatos como sítios, fazendas, jardins etc. Atualmente, com a maior proximidade dos animais nos lares e a constante realização de passeios em locais infestados, as pessoas correm mais riscos de se infectar, se não houver um programa de controle adequado.

Mantenha seus animais de estimação sempre protegidos contra carrapatos! Diminuir ao máximo a possibilidade de os carrapatos sobreviverem nos animais é uma das maneiras mais eficazes de manter a segurança de seu animal de estimação e de sua família.


A doença de Lyme é uma infecção transmitida por carrapatos aos cães e seres humanos (principalmente por ninfas do carrapato Ixodes scapularis nos EUA e Ixodees ricinus na Europa), causada por uma bactéria espiroqueta chamada Borrelia burgdorferi. A figura ao lado mostra o Ixodes scapularis.
:: Sintomas

A doença manifesta-se com uma irritação no local da picada podendo desenvolver uma lesão de pele (mancha rosada) que vai aumentando com o tempo. Podem aparecer náuseas, dores de cabeça, na nuca, nas músculos, febre e cansaço. Se não houver tratamento, a doença de Lyme poderá atingir o sistema nervoso central provocando meningite, paralisia da face, problemas cardíacos, artrites, etc.


A infecção pode causar o acometiment de diversos órgãos, inclusive a pele, o sistema nervoso, o coração e as articulações. Nos seres humanos pode haver ainda o surgimento de lesões eritematosas na pele (avermelhadas) que evoluem de forma centrífuga do local da picada do carrapato (chamado de eritema migratório), no entanto, esse achado nem sempre é frequente. Em cães, os sintomas mais comuns são dor articular aguda, letargia e febre.

A doença de Lyme é considerada atualmente a doença transmitida nos EUA, com quase 90.000 casos registrados os Centros de Controles de Doenças em 49 estados entre 1992 e 1998. Neste país existem vacinas contra a doença de Lyme, no entanto, a única forma de prevenção ainda é o controle dos carrapatos.

No Brasil, a doença de Lyme já foi diagnosticada em cães na cidade de São Paulo, nos munícipios da Baixada Fluminense (estado do Rio de Janeiro) e em áreas rurais do estado do Rio de Janeiro. A doença também já foi diagnosticada em humanos.

:: Prevenção
Uso de roupas claras cobrindo a maior parte da pele e botas altas quando em expedições à floresta, uso de repelente de insetos. As calças devem ser colocadas dentro das meias para evitar essa porta de entrada aos carrapatos. Os carrapatos, se encontrados devem ser retirados imediatamente da pele da forma apropriada, se possivel por alguém com experiência. Se não houver ninguém nas imediações, devem ser usadas pinças ou queimar levemente a cabeça do carrapato com isqueiro ou cigarro aceso de forma de que ele saia por si mesmo. Se em zona endémica é aconselhavel a consulta médica.


:: Diagnóstico e Tratamento
O dignóstico é um teste ELISA de detecção de anticorpos específicos contra a espiroqueta. A cultura é extremamente difícil assim como a visualização microscópica, já que não absorvem cores. A PCR é usada por vezes.

Apesar de todos os estágios da doença de Lyme responderem aos antibióticos, o tratamento precoce previne mais adequadamente as complicações. Nos estágios I ou II, os antibióticos amoxicilina, cefuroxima, eritromicina, doxiciclina ou macrolidio podem ser administrados pela via oral. Na doença avançada, grave ou persistente, são administrados antibióticos pela via intravenosa. Na fase III, utiliza-se ceftriaxona. Os antibióticos também ajudam a aliviar a artrite, embora possa ser necessário prolongar o tratamento por até 3 semanas. A aspirina ou outros antiinflamatórios não esteróides aliviam a dor das articulações inflamadas. O líquido acumulado nas articulações afetadas pode ser drenado.
A Babesiose Canina é uma grave doença causada por um protozoário Babesia canis, capaz de causar infecção dos glóbulos vermelhos dos cães e anemia grave. Esta doença pode ser transmitida aos cães por várias espécies de carrapatos e dentre eles, o Rhipecephalus sanguineus (carrapato vermelho do cão) é o principal responsável pela transmissao do agente. :: Sintomas

O mais comum é que, no homem, as infecções ocorram devido à infecção por Babesia microti, que é transmitida pelo carrapato I. sapularis. Foram registrados inúmeros casos, inclusive co-infecção com Borrelia burgdorferi (doença de Lyme) em pessoas.

Os animais doentes podem apresentar prostração, tristeza e emagrecimento progresssivo. O diagnóstico da doença é feito pelo Médico Veterinário, que pode tratar os animais com medicamentos específicos.

Não existem vacinas disponíveis contra a babesiose canina e a melhor forma de prevenção da doença é o controle da infestação por carrapatos.



Fonte:
1) Informativo Merial: "Doenças transmitidas por carrapatos" - Maiores informações acesse a página da Merial.
2) http://www.veludo.net

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

DIA DO VETERINÁRIO


NOSSA HOMENAGEM A VOCÊS QUE ASSIM COMO EU,DEDICAM SUAS VIDAS PARA SALVAR A DOS ANIMAIS

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Doação

"-Tenho 3 filhos, mas 1
deles enjoa quando viajamos de carro. Por isso, quero doá-lo."

"-Tenho
2 filhos mas vou me mudar para um apartamento menor. Por isso, tenho
que doar pelo menos 1 deles."

"-Tenho 2 filhos e vou me casar em
Junho. Ocorre que meu noivo não gosta de crianças. Por isso, preciso
doá-los."

"- Estou de mudança: tenho para doar uma mesa de jantar
de 8 lugares e 1 filho. Motivo: casa pequena."



"-Preciso
doar um filho pequeno que sobe no sofá e na minha cama. "

"-Tenho
um filho, engravidei , meu segundo filho esta para nascer , preciso
doar um filho , além da casa ser pequena , não tenho tempo para os
dois".

"-Tenho um filho que ainda é muito criança , não sabe
fazer xixi no lugar certo , desarruma a casa , dá muito trabalho ,
preciso doá-lo urgentemente".



VOCÊ ABANDONARIA SEU FILHO
??? ENTÃO POR QUÊ ABANDONAR SEU ANIMAL DE ESTIMAÇÃO?
ANIMAL NÃO É
BRINQUEDO. SENTE FOME, FRIO E MEDO. SOFRE DE TRISTEZA!!! É
MALTRADADO NAS RUAS E MORRE!!!

CHEGA DE PESSOAS COVARDES CHEIAS
DE DESCULPAS ESFARRAPADAS!!!

DIGA NÃO AO ABANDONO, NÃO IMPORTA A
ESPÉCIE!!!

DIGA SIM A POSSE RESPONSÁVEL!


)desconheço o autor, mas quem souber por favor me avise - ele merece todo o crédito)

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Entevista concedida ao colunista Léo Chaves do Jornal Panorama Regional de santos Dumont - M.G.

Médico Veterinário alerta para os cuidados com animais de estimação


Na última semana, nossa reportagem conversou com o Médico Veterinário, Dr. Roberto Augusto Albanese de Castro, registrado no CRMV-MG sob o número 8858. Esta reportagem tem o intuito de alertar e orientar a população sandu-monense em relação a alguns cuidados com seus animais de estimação, prin-cipalmente o fato de não procurar pessoas curiosas ou leigos e sim os profissi-onais devidamente capacitados para efetuarem qualquer procedimento Médico Veterinário.

Léo Chaves: Dr. Roberto Augusto, qual é a sua área de atuação?

Dr. Roberto. Atualmente atendo pequenos animais em meu consultório, situado à Rua Afonso Pena 109 – centro, que se encontra registrado no CRMV-MG (Conselho Regio-nal de Medicina Veterinária) sob o número 11800 e atendo também em domicílio quan-do solicitado.

L.C.: Quando fala em pequenos animais, a quais animais se refere?

Pequenos animais são os que chamamos de animais de companhia como cães, gatos, pequenos roedores (hamsters e porquinho da índia) e aves (canários belgas, canarios rol-ler, periquitos, agapornis, calopsitas, etc.). Vale a pena lembrar que as aves da nossa fauna (canário da terra, azulão, trinca ferro, etc.), só devem ser mantidos em cativeiro quando a pessoa for devidamente registrada no IBAMA e adquiridos de criatórios tam-bém registrados.

L.C.: Já atuou em outras áreas que não pequenos animais?

Sim, já atuei como Responsável Técnico em uma agropecuária, e fiz estágio supervisio-nado na Vigilância Sanitária Municipal, em Santos Dumont, e no Instituto de Laticínios Candido Tostes, em Juiz de fora, quando terminava a graduação. Na área de Grandes animais / animais de produção, nunca atuei, mas saliento que Santos Dumont possui ótimos veterinários nessa área. Também estou apto a emitir laudos técnicos para criado-res de aves que queiram atualizar ou regularizar seus registros perante o IBAMA.

L.C.: Quais as reclamações mais freqüentes em seu consultório?

A grande maioria das reclamações dos proprietários inclui animais com sintomas que chamamos de clássicos: Vômito, diarréia, falta de apetite, desanimo, etc., que podem indicar uma virose e nesse caso podemos realizar exames específicos para termos um diagnóstico preciso. Existem ainda os atropelamentos e quedas que são em bom número, mas o que mais traz problemas ao veterinário são as indicações de medicamentos recebida pelos proprietários e que muitas vezes atrapalha o melhor tratamento, pois difi-culta o bom diagnóstico.

L.C.: Como assim “indicações de medicamentos”?
O proprietário já chega ao consultório com o animal medicado com vários medicamentos (alguns inclusive de uso humano), pois o cachorro ou gato do vizinho ou de um amigo apresentou o mesmo problema. Sintomas iguais podem significar doenças diferentes. Alguns repetem medicamentos receitados anteriormente para o mesmo animal ou até mesmo para outro animal da mesma casa. Não recomendo essa prática de maneira alguma.

L.C.: E se essa indicação foi feita em uma agropecuária?

O CRMV-MG, através do código de ética profissional do Médico Veterinário, diz em seu artigo 13 que é vedado ao Médico Veterinário:
“Item XV – receitar sem prévio exame clínico do paciente.
Item XIX – atender clinica e/ou cirurgicamente, ou receitar, em estabelecimento comer-cial.”
No manual para orientação para responsabilidade técnica, que todos os médicos veteri-nários recebem ao se inscreverem no conselho, item 4.5, subitem “m” diz:
“... proibição do atendimento clínico, vacinação e prescrição de medicamentos no inte-rior do estebelecimento...”. no caso do estabelecimento possuir consultório ou clinica, com acesso independente do acesso da loja, os procedimentos podem ser realizados, mas somente por médico veterinário capacitado e registrado no CRMV-MG.

L.C.: Quais as raças mais recomendadas?

Vai depender de vários fatores pelos quais você deseja ter um cachorro ou um gato. São muitas raças de diferentes aptidões como companhia, guarda, caça, etc., comportamen-tos diferentes. Quando eu falo em várias raças, cito 187 de cães e 58 de gatos aproxima-damente. Infelizmente tem-se o hábito de adquirir uma animal por modismo, principal-mente cães, foi assim com pastores alemães nas décadas de 1920 até 1960 com o Rin tin tin, com os seriados televisivos do vira-latas Benji e da collie Lassie na década de 1980, nos anos 90 com 101 dalmatas e Beethoven e mais recentemente com o labrador Marley e o akita Hachi.


L.C.: Quais são esses fatores a serem observados?

Deve tem bastante certeza de que se quer um animal de estimação, depois verificar o espaço que terá disponível para ele em sua casa ou apartamento. Dentro desses fatores, encontram-se os gastos com veterinário (vacinação, consultas periódicas, emergências fora de hora, medicamentos, etc.). Logo depois disso vem a escolha da raça, do tempe-ramento, da idade, do sexo. Principalmente deve-se escolher a “origem” do seu cão ou gato. É importante também que se escolha uma ração de boa qualidade para que o seu animal tenha um desenvolvimento adequado. Já existem marcas de rações de excelente qualidade que vendem pacotes menores, por exemplo 1kg, para cães pequenos. O local onde ela deve ser guardada e a quantidade diária que deve ser administradas ao animal deve ser do conhecimento do proprietário.

L.C.: Quais os cuidados básicos após a aquisição?

Após observar todos esses fatores, meu conselho é procurar um criador que possua uma ninhada e observar o filhote junto dela, seu comportamento deve ser ativo e brincalhão, pele íntegra, sem secreção nos olhos e / ou nariz. Evite a compra em lojas ou pets, mas caso não seja possível, peça um laudo de saúde do animal juntamente com o cartão de vacina assinado pelo Médico Veterinário. Caso desejar, leve o animal ao médico veteri-nário de sua confiança antes de finalizar a compra, para garantir a perfeita saúde dele.

L.C.: Depois de todos esses cuidados ele este pronto para ir para casa e passear comi-go?

Se realmente escolheu um filhote, o ideal é procurar um Médico Veterinário para saber qual é o melhor procedimento de vacinação a seguir, pois ele só poderá passear após o processo completo de vacinação. Volto a lembrar que o CRMV-MG PROÍBE a vacina-ção em agropecuárias. Recomendo que o banho também seja dado em casa, com a utili-zação de uma banheira com água morna, xampu especial para cães ou infantil, secar com uma toalha e após com um secador. Após o período de vacinação, o veterinário ira lhe informar a época certa para o mesmo sair à rua com você.

L.C.: Posso dar comida caseira para ele? Arroz e feijão?

Não devemos dar comida para os animais, exceto em caso especiais onde há prescrição do médico veterinário. Existe no mercado, rações balanceadas de excelente qualidade, ideais para o seu animal de estimação. Alimentos premium são as marcas fortes dos fabricantes. Temos também as linhas super-premium, veterinary diet (específicas para animais obesos, com problemas renais, diabéticos, etc.) e as preparadas para determina-das raças. Todas essas são separadas por porte e etapa de vida. É muito importante que observemos a data de validade das rações adquiridas, bem como a forma de armazena-mento do local onde comprou para que esteja bem conservada e não faça mal ao seu animal.

L.C.: Qual a idade ideal para começar o adestramento do filhote?

Alguns profissionais sugerem a partir do sétimo ou oitavo mês de vida, mas a partir dos 4 meses você mesmo já pode ensiná-lo os comandos básicos como sentar, ficar, andar ao seu lado, não mexer onde deve etc.

L.C.: Quais os cuidados com o ambiente onde o animal ficará?

No ambiente é ideal a utilização de produtos neutros ou específicos para animais, caso contrário o animal pode adquirir um problema de saúde pelo contato com produtos qui-micos.

L.C.: Qual a sua opinião sobre os animais de rua?

Em nosso município, existe um grande número de animais livres, em sua maioria vira-latas ou SRD (sem raça definida). O que me preocupa são as zoonoses que eles podem nos transmitir, como sarnas e raiva e também o período de cio das fêmeas em que se forma um grupo de machos disputando a atenção delas. Esses machos tendem a se en-frentar e pode causar acidentes envolvendo automóveis, motos e pedestres. Esse grande número de animais acaba se tornando um problema de saúde pública assim como os pombos, que através da inalação da poeira contendo fezes secas, podem nos causar To-xoplasmose, psitacose, salmonelose, meningite e alergias (por causa dos piolhos, ácaros e pulgas).

L.C.: Qual a sua sugestão para esses problemas?

Em ambos os casos a esterilização dos animais é a melhor solução. Para os cães, a médio e longo prazo, acarretaria uma diminuição considerável no número de animais nas ruas, uma vez que a média de nascimentos de uma cadela de aproximadamente 15 kg é de 6 filhotes a cada gestação. Para os pombos, um anticoncepcional administrado juntamente com grãos faria com que entre 9 e 10 ovos das pombas se tornassem inférteis, diminuindo a sua população.

L.C.: Qual a mensagem que você deixa para a população?
É importante que os donos de animais de estimação se conscientizem da importância do Médico Veterinário, realizem sempre a vacinação anual do seu animalzinho, não só a campanha do governo, mas também a vacinação contra as doenças que podem separar você do seu bichinho. O medico Veterinário é o melhor amigo do seu melhor amigo.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Piometra ( infecção uterina)

A piometra é um distúrbio uterino mediado pela progesterona nas cadelas e gatas. Todas as cadelas normais estão naturalmente expostas e enormes concentrações de progesterona no período do cio, deixando-as suscetíveis a uma infecção bacteriana. Essas bactérias são normalmente encontradas no trato urinário sendo a Escherichia coli a causa mais comum dessa enfermidade, tanto em cadelas como em gatas.
A piometra pode ser classificada como aberta ou fechada, ou seja, com ou sem corrimento vaginal, dependendo da capacidade do conteúdo uterino de fluir através da sérvix. A piometra fechada é mais grave, pois as femeas afetadas ficam doentes antes mesmo dos proprietários perceberem a existência de qualquer problema. Ao contrário, nas abertas, tem-se o corrimento vaginal óbvio, malcheiroso, com cor de pus, ou em tom de marrom por causa do sangue uterino, bem antes de ficarem seriamente doentes.
Os sinais clínicos da piometra incluem: perda parcial ou total do apetite, febre, letargia, perda de peso e aspecto descuidado, vômitos, diarreia e sede e micção excessivas. Cadelas com piometra fechada podem sofrer rompimento uterino o que é tão severo quanto e envolver tanto risco quanto se vê em um ser humano com o apêndice rompido. Os testes sanguíneos e urinários são compatíveis com infecção e podem indicar o envolvimento de outros órgãos que podem ser prejudicados por essa doença grave. Como exames complementares, raios-x e ultra-sonografia abdominal poder ser de muita validade no diagnóstico. Embora rara, a piometra pode atingir somente uma trompa uterina enquanto se tem a gestação em andamento na outra.
O melhor, mais confiável, mais rápido e menos caro tratamento para a piometra, após a estabilização da cadela é a esterilização (castração), é o tratamento de eleição na quase totalidade dos casos. O tratamento clínico da piometra aberta usando antibióticos e hormônios foi bem sucedido em cadela e gatas. Esses hormônios causam um esvaziamento do conteúdo uterino e uma diminuição nos níveis de progesterona no sangue. A presença de fetos vivos deve ser descartada por ultra-som, uma vez que os fármacos usados causam aborto e porque o tratamento não será bem sucedido em caso de sinais de gestação anterior no útero.
Cadelas e gatas precisaram realizar visitas diárias ao veterinário, para o melhor tratamento de suporte, possibilitar a administração fluidos, medicamentos intravenosos e o monitoramento de efeitos adversos decorrente do tratamento. O protocolo inclui 5 a 7 dias de aplicações de injeções. As reações físicas advindas do tratamento com hormônios são: inquietação, respiração ofegante, salivação, vômito, diarreia, micção, dilatação das pupilas, lambedura de pelos e lordose. Essas reações, quando ocorrem, se resolvem entre 5 e 60 minutos. Após cada aplicação essas reações diminuem em gravidade e duração.
A persistência do quadro ou a repetição do mesmo no cio seguinte sugere que deve ser considerado pelo clinico juntamente com o proprietário, o procedimento de castração da fêmea.

PIT BULL (American Starffordshire Terrier)

Este cão inglês de combate provém do Bullterrier do Starffordshire; os criadores americanos que o adotaram, fizeram dele uma variedade maior, mais poderosa que ocupou o lugar de escolha entre os cães denominados “Pit-bull”, e tem este nome porque os combates aconteciam em fossas (pit = fossa). Em 1936, foi reconhecido pelo kennel club americano sob o nome de Starffordshire Terrier e depois em 1972 sob o nome de Starffordshire Terrier americano. Atualmente este animal e o seu primo inglês, pertencem a raças distintas.
Possui uma cabeça de tamanho médio, com mandíbula forte e poderosa (capaz de romper pele, musculatura e quebrar um fêmur de um homem adulto apenas com uma mordida); seus olhos são arredondados, bem separados e de cor escura; suas orelhas, cortadas ou não são curtas, portadas em rosa ou semi-eretas; corpo compacto com pescoço pesado e musculoso e um ligeiro declive entre o pescoço e a garupa, peito largo e musculatura exuberante; tem o pelo cerrado, curto e duro ao tato, admitindo-se qualquer tonalidade unicolor, multicolor ou rajado, sendo as pelagens 80% branca, preta e fogo ou fígado (marrom) não devem ser encorajadas.
Os machos alcançam de 46 a 48 cm de altura e as fêmeas de 43 a 46 cm de altura, com peso para ambos variando entre 17 e 29 kg. Ambos possuem membros muito musculosos com ossatura forte, patas compactas e dígitos bem arqueados, o que os dá uma capacidade de tração muito grande, bem como o impulso.
Vale lembrar que cortar as orelhas do pit-bull (cirurgia de conchectomia), pode causar alguns efeitos adversos, como surdez e infecção de ouvido (otite). E encorajar as tendências agressivas é altamente condenável por ser perigoso.
Tem a força de um Buldog e a agilidade de um Terrier, é independente e teimoso, guardião fiel, é extremamente agressivo com outros cães, não suporta a solidão e nem a falta de espaço, o que o torna agressivo, deve ser disciplinado desde muito cedo com uma educação firme porém sem brutalidade, uma vez que não se trata de criar uma arma, mas sim de uma tentativa de sociabilização com o homem. Necessita de muito exercício para seu equilíbrio é utilizado para guarda e companhia.

Orientação Pediátrica Geral

Ao levar um filhote para casa, você está assumindo um compromisso de amar e prestar cuidados necessários a sua saúde para que em troca ele possa lhe agradecer em forma de dedicação, fidelidade e muita alegria. Por isso, este informativo tem como objetivo fornecer algumas informações importantes sobre os cuidados que se deve ter, com um filhote para que ele cresça um adulto sadio.

Alimentação:
Filhotes devem receber ração específica para sua faixa etária, no mínimo até completarem 1 ano de idade. Até os 10 meses, ofereça-lhe 3 refeições ao dia, depois passe a oferecer 2 vezes ao dia, sempre nos mesmo horários.
As rações de boa qualidade já contêm em sua formulação todos os nutri-entes necessários para um crescimento sadio, portanto não há necessidade de suplementações, exceto em casos excepcionais.
Não ofereça ao seu animal comida caseira, doces ou petiscos, pois isso pode fazer com que ele passe a recusar a ração, além de causa diarréia e faci-litar o desenvolvimento de tártaro.
O animal deve ter sempre a disposição água fresca e limpa.

Vermifugação:
O ideal é que os filhotes comecem a ser vermifugados a partir da primeira quinzena de vida com repetições a cada 15 dias até os 45-60 dias de idade. Quando adulto o animal deve ser vermifugado a cada 4 meses, dando 1 dose com repetição após 15 dias. A dose deve ser ajustada ao peso do animal e o produto deve ser de uso específico para pequenos animais.

Vacinação:
Este é um dos tópicos mais importantes nos cuidados que devem ser to-mados com um filhote, pois é a vacinação quem irá garantir que seu animalzi-nho não contraia doenças que podem inclusive mata-lo.
Os protocolos de vacinação devem ser seguidos à risca e sempre sobre orientação do médico veterinário, pois alem de produtos de confiança, ele sa-berá identificar se seu filhote está apto a ser vacinado ou não.
CANINA:
- óctupla: Protege contra cinomose, leptospirose, parvovirose, hepatite infecciosa canina, coronavirose, parainfluenza canina e adenovírus.
- Anti-rábica: Protege contra Raiva
- Tosse dos canis: Bordetella bronchioséptica e parainfluenza tipo 2

Protocolo 1:

30 dias de idade: 1ª dose da óctupla (Recombitek C4/CV)
51 - 60 dias de idade: 2ª dose da óctupla (Recombitek C6/CV)
72 - 90 dias de idade: 3ª dose da óctupla (Recombitek C6/CV) + Anti-rábica.


Protocolo 2: (Filhotes não vacinados com 30 dias)

45-60 dias de idade: 1ª dose da óctupla (Recombitek C6/CV)
66-81 dias de idade: 2ª dose da óctupla (Recombitek C6/CV)
87-102 dias de idade: 3ª dose da óctupla (Recombitek C6/CV) + Anti-Rábica

OBS 1: até o 21º dia após a última dose da vacina, o animal não deve ter contato com outros animais, principalmente se estes não forem vacinados, e nem deve sair à rua.
OBS 2: a revacinação deve ser anual.

FELINA

Vacina Tríplice, quadrupla ou quintupla e Raiva

60 dias (2 meses) - Tríplice / Quádrupla / Quintupla
90 dias (3 meses) - Tríplice / Quádrupla / Quintupla
120 dias (4 meses) - Raiva


todos os protocolos, sejam eles canino ou felino exigem um reforço anual contra doenças e Anti-Rábica

Higiene:
Banhos devem ser dados no máximo a cada 15 dias, pois do con-trário, podem ocorrer desequilíbrios da flora normal da pele, além de reti-rar sua proteção natural, o que pode deixá-lo mais susceptível a doenças de pele, caspa e pelagem ressecada. Use de preferência xampus ou sa-bonetes neutros. As orelhas devem ser inspecionadas na ocasião do ba-nho e serem limpas com algodão e vaselina. Ao sinal de dor ou irritação o Medico Veterinário deverá ser comunicado, pois são comuns as infec-ções de ouvido (otites).
A escovação deverá ser feita pelo menos uma vez por semana pa-ra retirada dos pelos mortos, que além de manter o ambiente limpo, dei-xará a pelagem de seu animal mais bonito.
O controle de ectoparasitos (pulgas e carrapatos) é muito importan-te, pois eles podem transmitir vermes e doenças ao seu animal. Atual-mente são disponíveis no mercado diversos produtos que livram seu animal destes parasitos por períodos prolongados e não possuem riscos de intoxicações.

Dentição:
A troca dos dentes ocorre por volta de 4 a 5 meses de idade.

Educação:
Nossos animais de estimação, normalmente são considerados ver-dadeiros membros da família e por isso devem receber os carinhos e cuidados necessários, mas não se esquece de que ele é um animal e não uma pessoa, portanto não devemos delegar a ele direitos e liberda-des de um ser humano.
O animal é guiado por instintos, portanto, ele normalmente elege um membro da família como líder e irá obedece-lo com mais freqüência do que aos outros membros da casa. Dependendo da “liberdade” que ele receber no lar, irá se sentir o dono da casa (principalmente se ele tiver um instinto nato para liderança), fazendo toda a família se sujeitar aos seus desejos. Daí a importância de mostrar ao animal quem é o “chefe” da casa e o que ele pode ou não fazer. Devemos sempre lembrar que o cão nos considera sua matilha, portanto tentará exercer liderança.
Este informativo não tem a pretensão de solucionar todas as dúvi-das sobre os cuidados com o filhote, sendo assim, estamos a sua inteira disposição para ajudá-lo sempre que possível.

Poodle

Reconhecido por vários nomes, entre eles: Caniche, por ter sido muito utilizado na caça de pássaros aquáticos, “chien à cane (caça ao pato) ou Canichon; cão car-neiro devido ao aspecto de seu pelo; e “cão de madame” no Grande Século, por ser o cão de preferência da corte de Luiz XV. De origem africana, descendendo dos Barbet da África do Norte, trazidos para a Península Ibérica pelos árabes foi então cruzado com o Cão d’água português de onde ganhou toda a Europa.
Em 1922 foi criado um clube do Poodle em Paris, e em 1936 a federação inter-nacional de Cinofilia (F.C.I.), reconheceu ali o berço da raça, publicando neste mesmo ano um padrão da raça. Distinguem-se 4 tamanhos: grande, 45 a 60 cm de altura, pesando aproximadamente 22 kg (abandonado em proveito dos poodles de menor porte); médio, 35 a 45 cm de altura, pesando aproximadamente 15 kg; anão, 28 a 35 cm de altura, pesando aproximadamente 7kg; e miniatura ou Toy com menos de 28 cm de altura e pesando menos de 7 kg.
Possui cabeça distinta, proporcional ao corpo; olhos em avelã, ligeiramente oblí-quos; orelhas bastante compridas, pendentes ao longo das bochechas recobertas por pelos ondulados; o pescoço é sólido, ligeiramente arqueado, dorso curto, lombo mus-culoso e garupa arredondada; membros musculosos com boa ossatura, pés peque-nos, dedos arqueados e unhas de cor variável; cauda amputada em dois terços, se mantém elevada dando o aspecto de pompom quando assim tosada. Pelagem bran-ca, marrom, preta, cinza e abricó (amarela).
Ativo, esportivo, alegre, um extrovertido tônico, o poodle é a alegria de viver en-carnada. Muito esperto e inteligente é muito fiel, porém possessivo, dotado de grande capacidade de adaptação e sociável, seu bom caráter o torna um agradável cão de companhia. Conservou suas habilidades de cão de caça, nada muito bem e tem um faro bastante desenvolvido, deverá ser educado de maneira firme ou se tornará um animal difícil.
Gosta tanto do campo quanto da cidade, mas detesta a solidão deve ser esco-vado e penteado diariamente, um cão muito limpo, deve tomar banho quinzenalmen-te, ter as orelhas vigiadas sempre e deve receber toalete (tosa) a cada dois meses.
Por ser o cão de companhia mais difundido no mundo, o Poodle sofreu uma produção intensa em detrimento da qualidade, o que deve ser alertado a todo adquirente.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Parvovirose

A infecção por parvovírus, comumente denominada “parvo”, é uma doença que acomete o trato intestinal dos cães e causa vômito, diarréia, febre e capacidade diminuída de lutar contra a infecção. É especialmente grave nos filhotes. Doberman Pinschers e Rottweilers são mais suscetíveis e possuem sinais mais graves de parvo do que outras raças, mas filhotes de qualquer ração ou sem raça definida podem morrer desta doença.
É uma doença considerada nova nos cães, tendo sido identificada pela primeira vez no fim da década de 1970. Acredita-se que seja um vírus felino ou de outra espécie que se adaptou aos cães, uma vez que o vírus não existia antes dessa data. Em sua grande maioria, os casos de infecção são registrados em filhotes, uma vez que o vírus é tão contagioso e tão facilmente encontrado no ambiente que cães mais velhos podem se tornar imunes por contágio quando jovens.
Os sinais da doença aparecem de 4 a 14 dias após a infecção que geralmente resulta de exposição ao solo contaminado. Os sinais iniciais são depressão, perda de apetite e febre. O vômito e a diarréia com sangue desenvolvem-se em 1 ou 2 dias. Esses sinais progridem rapidamente para desidratação e morte nos animais gravemente acometidos. O vírus é forte q persiste no ambiente de 6 meses a 1 ano, é impossível eliminar o vírus do solo contaminado sem matar toda a vegetação.nas instalações internas deve-se realizar lavagem e enxágüe rigorosos, seguidos de aplicação de cloro. Não se deve ambientar outro animal ao local nesse período de sobrevida do vírus.
O tratamento para a parvovirose varia de acordo com a gravidade da infecção no animal acometido, aqueles com sintomas mais graves, necessitam de fluidoterapia (soro), pois são incapazes de ingerir fluidos e perdem grandes quantidades de líquido com vômito e diarréia. Além disso, o vírus destrói as células de revestimento do trato intestinal facilitando uma invasão das bactérias intestinais no corpo do animal (septicemia) e prejudica a medula óssea onde são produzidas as células de defesa.
A melhor prevenção contra a parvo é a vacinação dos filhotes. Nos casos em que a mãe não foi vacinada, é ideal uma vacinação a cada 3 semanas entre 45 e 120 dias de vida. Essa vacinação deve ser realizada em consultório veterinário, uma vez que a aplicação de vacinas em agropecuárias e pet shops NÃO é permitida pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária de Minas Gerais. O reforço anual é extremamente importante para o animal.

terça-feira, 18 de maio de 2010

CINOMOSE

A cinomose é uma doença que acomete primariamente os pulmões, o trato intestinal e o sistema nervoso dos cães. Entre as doenças induzidas por vírus nos cães, a cinomose tem a segunda maior porcentagem de mortalidade, perdendo somente para a raiva. Este vírus é altamente contagioso e passado de cão para cão por contágio próximo. É facilmente exterminado por detergente e calor, morrendo dentro de minutos em ambiente aquecido, mas pode persistir por semanas em ambientes com temperaturas próximas ao congelamento.
É um vírus com altas taxas de infecção e mortalidade, sendo os cães jovens e não vacinados, entre 3 e 6 meses, são os mais infectados pela cinomose, mas vale lembrar que os cães adultos, vacinados quando jovens, devem fazer o reforço anual da vacina para não ser infectado, uma vez que secreções nasais contendo o vírus são dispersas através do espirro.
Os sinais clínicos aparecem entre 7 e 14 dias após a infecção. A febre inicial pode não ser notada, mas na segunda semana o animal produz grave lesão em células nasais, olhos, pulmões e trato intestinal, apresentando assim uma pneumonia com secreção óculo-nasal muco-purulenta, conjuntivite, tosse, anorexia, diarréia, vômito, desidratação e perda de peso (devido à inapetência). O animal apresenta também uma perda do esmalte dentário, ficando com os dentes manchados, pequenas pústulas na região do abdome e ressecamento dos coxins palmares e plantares. O vírus afeta também o sistema imunológico, o que causa uma incapacidade do organismo de repelir as infecções.

Metade dos cães afetados pela cinomose desenvolve doença neurológica, já que o vírus é atraído pelo decido nervoso e se desenvolve bem nele. As lesões no cérebro e medula espinhal resultam em contrações musculares involuntárias, convulsões parciais na cabeça (movimento de mastigação), fraqueza, paralisia, cegueira, incoordenação motora, andar em círculos, rigidez muscular e alterações de comportamento.

O diagnóstico é feito através de histórico do animal e do quadro clínico, pode ser realizado também nos animais um exame através da conjuntiva, sangue total, plasma, urina e até fezes do animal suspeito. O tratamento é realizado para se combater as infecções bacterianas secundárias, aliviando muito os sintomas da doença, o soro hiperimune é de grande eficiência no inicio do tratamento e em animais assintomático que tiveram contato com animais doentes.

Lembre-se sempre de procurar um Médico Veterinário e não fazer medicação por contra própria em animais suspeitos de estarem doentes.

Resposta

Para Wanda (comentário de 17/05/2010 as 18:14h.
Wanda, se possível, deixe o seu e-mail que entrarei em contato com você para tirar a sua dúvida!mas se quiser ja ir olhando, os conselhor regionais possuem em seus site os manuais de orientação pra responsabilidade técnica.
grato

quarta-feira, 5 de maio de 2010

NÃO PERCAM AMANHÃ - CINOMOSE

AMANHA, DIA 06/05/2010 VOU FALAR SOBRE A CINOMOSE, UMA DOENÇA QUE ESTÁ APARECENDO COM GRANDE FREQUENCIA NAS CIDADES. AGUARDEM

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

RESPONSABILIDADE TÉCNICA

Em 15 de outubro de 1993, o Conselho Regional de Medicina Veterinária – MG, lançou através da resolução N° 205, o Manual de Orientação para as Atividades de Responsabilidade Técnica, que fio atualizado pela resolução N° 310 / 2002, a fim de torná-lo um instrumento balizador exercício profissional do Médico Veterinário e do Zootecnista.
Quem é o Responsável Técnico?
O responsável técnico (RT) é o profissional que deverá ter autoridade e competência para capacitação de pessoal, elaborar o manual de boas praticas de fabricação e manipulação, responsabilizar-se por toda provação ou rejeição de matérias primas, insumos, produtos semi-acabados, procedimentos, metodologias, equipamentos; supervisão dos princípios e/ou metodologias que constam no manual.
Sendo assim, o Responsável Técnico, é o profissional cuja missão é referendar ao consumidor a qualidade do produto final ou do serviço prestado, de modo que responde civil e penalmente por eventuais danos que possam ocorrer ao consumidor decorrentes de sua conduta profissional, uma vez caracterizada a sua culpa, seja por negligência, imprudência, imperícia ou omissão.
Deve o profissional, portanto, assegurar-se de que o estabelecimento com o qual assumirá ou assumiu a responsabilidade técnica, encontra-se efetiva e legalmente habilitado ao desempenho de suas atividades e que só podem funcionar sob a responsabilidade de um técnico legalmente habilitado e regularmente escrito no órgão fiscalizador de sua profissão, neste caso o Regional de Medicina Veterinária (CRMV-MG).
Em última análise o responsável técnico é uma espécie de tutor, um fiscal do consumidor, e a sua principal função é orientar preventivamente e treinar, com competência técnica, funcionários e empreendedores.
Segue abaixo, uma relação de estabelecimentos que necessitam de Responsável Técnico para desempenharem as suas funções:
1 – INDÚSTRIA DE CARNE – Estabelecimentos (matadouros e frigoríficos; fábricas de conserva e/ou embutidos; entrepostos de carne e derivados;indústria de subprodutos derivados) que abatam, industrializam, manipulam, armazenam, beneficiam e embalam produtos ou derivados da carne (bovina, suína, avícola e aquícola).
2 – INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS – Estabelecimentos que industrializam, manipulam, beneficiam, embalam e armazenam produtos ou derivados do leite.
3 – INDÚSTRIA FARMACÊUTICA DE PRODUTOS DE USO VETERINÁRIO – estabelecimentos que industrializam produtos de uso veterinário
4 – ESTABELECIMENTOS QUE PRODUZEM ALIMENTOS PARA ANIMAIS – Estabelecimentos que manipulam ingredientes para a produção de alimentos e suplementos alimentares para animais.
5 - CASAS AGROPECUÁRIAS, PET SHOPS E OUTROS Estabelecimentos que comercializam e/ ou distribuem produtos de uso veterinário, ra-ções, sais minerais e animais.
6 – SUPERMERCADOS E SIMILARES – Estabelecimentos que comercializam, manipulam, embalam ou armazenam produtos de origem animal, e seus derivados e/ou comercializam produtos de uso veterinário.
7 – EXPOSIÇÕES, FEIRAS, LEILÕES E OUTROS EVENTOS PECUÁ-RIOS.
8 – PRODUÇÃO ANIMAL - Estabelecimento que cria animais (bovinos, eqüídeos, ovinos, caprinos e bubalinos).
9 – ZOOLÓGICOS, PARQUES NACIONAIS, CRIATÓRIOS DE ANIMAIS SILEVSTRES.
10 – EMPRESAS CONTROLADORAS DE PRAGAS URBANAS
11 – AQUICULTURA – estabelecimentos que produzem animais aquáticos (peixes ornamentais, peixes para consumo, rã e camarão) e pelos estabelecimentos de pesque e pague.
12 - APICULTURA – Empreendimentos que produzem, manipulam, beneficiam e distribuem produtos derivados de apicultura.
13 – AVICULTURA - Empreendimentos avícolas que ovos e frangos de corte, incubatórios avícolas, e estabelecimentos avícolas destinados à recepção, higienização e embalagem de ovos.
14 – SUINOCULTURA – Empreendimentos suinícolas que produzem matrizes, reprodutores, leitões e cevados para o abate.
15 – ESTRUTICULTURA – Criadouros de avestruz de ciclo completo ou parcial e incubatórios.
16 – SERICULTURA – Estabelecimentos que se dedicam à produção e ao comercio de ovos, larvas e casulos do bicho da seda.
17 – ESTABELECIMENTOS DE MULTIPLICAÇÃO ANIMAL - estabelecimentos produtor de sêmem, embriões, produtos de botijões criobiológicos para sêmem e embriões.